Controle de Estoque, por que tão importante?

Você sabe qual seu giro médio de estoque?

Tem ideia de qual seu produto que mais gira e qual a rentabilidade dele para sua empresa?

Se sua resposta for negativa, temo em informar que você tem um grande desafio pela frente, e este desafio poderá alavancar cada vez mais seu negócio.

Para empresas comerciais, a gestão do estoque é essencial e estratégica, uma vez que a operação do negócio gira em torno dele e a compra e venda de mercadoria é a principal fonte de caixa da companhia.

Claro que existem empresas comerciais que atuam sem estoque e/ou ele acaba não sendo necessariamente a fonte principal de renda da empresa, mas se tratando do micro e pequeno empresário, o estoque será a principal fonte do fluxo de caixa.

Embora pareça simples, o fluxo de entrada e saída de estoque não é assim tão fácil, pois além das questões fiscais, existem as questões gerenciais, que são primordiais para estratégia de sua empresa.

Manter um controle equilibrado de estoque dará ao empresário uma visão mais precisa de seus produtos, além da prevenção de perdas e furtos, desta forma é possível corrigir falhas nos processos, promover ajustes de valores e trabalhar com um mix mais variado ou mais enxuto, além de melhorar o índice de liquidez do negócio.

Tá, mas e como ter uma gestão eficiente do estoque?

A resposta vai variar para cada tipo de empresa e pelo mix de produtos que você trabalha, mas aqui vamos trazer uma explanação geral sobre diretrizes básicas que vão te ajudar, então vamos lá:

Passo 1: Faça um inventário inicial e crie procedimentos para inventários periódicos.

Se você não tem a posição exata de seu estoque na data de hoje, é extremamente necessário fazer um inventário e como sabemos que erros nos processos são comuns, uma maneira de otimizar o controle é promover inventários periódicos a fim de validar os controles empregados e dimensionar melhor seu fluxo de estoque.

Passo 2: Faça os devidos ajustes no estoque

Essa parte tem de ser feita, tanto fiscal quanto gerencialmente, você deve registrar todas as distorções encontradas no inventário, seja para mais ou para menos, então recomendo que contate seu contator para orientações mais detalhadas sobre como fazer os ajustes (eu poderia explicar melhor aqui, mas o artigo ficaria muito extenso).

Passo 3: Tenha um sistema que seja adequado para seu negócio

Parece óbvio, mas por questões de custos, muitos empresários preferem controlar via papel ou por planilha comum, e isso não é nada efetivo, principalmente porque você não conseguirá controlar o fluxo de notas fiscais na mão ou em planilha, então abra a carteira e contrate um sistema eficaz, e se pesquisar bem vai encontrar uns sistemas bem em conta  no mercado.

Mas se você for MEI, aí talvez seja melhor um controle por planilha mesmo pelo simples fato de não ter de emitir nota fiscal para pessoa física, mas faça uma planilha bem feita, ou peça ajuda de um profissional, uma planilha ruim poderá te atrapalhar.

Passo 4: Comece a controlar os fluxos de saídas dos produtos

É nessa parte que tudo pode começar a ficar mais difícil, mas não é um bicho de sete cabeças, então respire fundo e comece a se estruturar.

Crie um procedimento para os fluxos de movimentação do estoque e comece a trabalhar com a base histórica dessa movimentação, assim será possível visualizar de maneira dinâmica o quanto seus produtos giram e seu estoque médio.

Existem na contabilidade 3 modelos de gestão de fluxo de estoque que são o PEPS, UEPS e média ponderada, elas são utilizadas fiscalmente e explicar sobre cada uma aqui faria com que o artigo ficasse moroso e gigante. De qualquer forma, recomendo para seu pequeno negócio, que controle seu fluxo por média ponderada, é mais fácil para avaliação do custo efetivo de seus produtos e empresas do Simples Nacional não precisam de cálculos robustos para evidenciar o CPV.

Passo 5: Analise os produtos de se estoque

Como fazer isso?

Suponhamos que em sua empresa você trabalhe com 3 produtos: A, B e C e implantou o sistema de controle de estoque conforme os 4 passos anteriores, agora é hora de verificar a rentabilidade dos seus produtos.

Após verificar dados históricos você descobre que o produto A é o que mais vende ao longo do mês, porém, você está comprando ele semanalmente e os preços oscilam a cada compra, com isso, sua margem acaba ficando comprometida. Os custos de armazenamento do produto são baixos e historicamente você vende muito deste produto. O que faria nesta situação?

E o produto B, possui uma margem gigante, mas o custo de armazenamento é alto, e você vende um produto na segunda semana do mês, o outro na terceira, e pode comprá-lo semanalmente em vários fornecedores com o mesmo preço. O que fazer?

Já o produto C, seu fluxo de compra é mensal, ele gira bem, não tem custo de armazenamento, mas na última semana do mês sempre está em falta. Como faço?

As respostas para as questões acima é bem simples, na prática a coisa fica mais difícil e são colocadas na ponta do lápis outras variáveis do mercado, mas repare que agora você tem dados suficientes para tomar decisões sensatas.

Gestão de estoque é muito mais que que isso, ela engloba custo, fornecedores,controle, logística. Então é necessária muita atenção para realizar controles eficazes e fazer seu negócio melhorar cada vez mais. Recomendo que pesquise outros materiais para te ajudar, e qualquer dúvida, entre em contato conosco.

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